O SILÊNCIO QUE DÓI: CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA SOFREM COM O ABANDONO DA PREFEITURA DE CALÇADO
Em Calçado, no Agreste pernambucano, o choro de muitas mães tem um mesmo motivo — o abandono. Crianças com deficiência, que dependem de cuidados especiais, vêm sendo deixadas à própria sorte pela gestão municipal, que tem falhado na entrega de insumos essenciais como leite especial, fraldas, medicamentos e equipamentos indispensáveis ao tratamento e desenvolvimento delas.
O que deveria ser um direito básico, assegurado pela Constituição e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, transformou-se em uma dolorosa rotina de espera e frustração. Nos lares dessas famílias, faltam itens simples, mas fundamentais, e sobra angústia diante da incerteza do amanhã.
“Meu filho não entende o que é descaso, mas sente fome, sente dor. E eu não tenho como explicar que a culpa é da prefeitura”, lamenta, com lágrimas nos olhos, uma das mães afetadas.
A omissão do poder público tem colocado em risco a saúde e a dignidade de crianças que já enfrentam tantos desafios. Cada fralda negada, cada lata de leite não entregue, é mais do que uma falha administrativa — é uma agressão silenciosa aos direitos humanos.
Enquanto verbas públicas são destinadas a eventos e obras pontuais, famílias inteiras precisam escolher entre comprar o alimento ou o medicamento do filho.
“Não queremos luxo, só o que é de direito. A inclusão não é caridade — é obrigação”, desabafa outra mãe, cansada de promessas e de esperar por respostas que nunca chegam.
As mães e pais dessas crianças se uniram em um apelo coletivo por respeito, dignidade e empatia. Eles exigem que a prefeitura cumpra seu papel e aplique corretamente os recursos destinados à assistência.
O grito é claro e ecoa nas ruas de Calçado:
“Nossas crianças não são invisíveis!”
O Portal Agreste Violento está a disposição da Prefeitura de Calçado para publicar seus esclarecimentos.
Postado Por: Paulo Fernando






