POESIA X POEMA

terça-feira, 08 de dezembro de 2020

Pausa para um descanso. Nem tudo na vida é Violência.

Mas o que é a Poesia? A Poesia é arte. Assim como a Pintura, a Escultura, o Desenho e outras. Ela antecede à Escrita e retrata a imaginação do autor. A obra advinda da Poesia (da arte) deságua no Poema, o poeta então sendo um artífice. Einstein dizia que o Poeta é um viajante do tempo. É o primeiro a ir a qualquer lugar do Espaço. A Poesia é larga, se valendo de recursos especiais (sentimentos, rimas, metáforas, sons…) que culminam na Chamada Produção Artística.

Já o Poema segue um formato: versos rimados e sendo incluso no gênero Poesia. A Vida é uma Poesia. Seu artista: Deus.

Poesia X Poema. Sucintamente é isso. Tenho-me enveredado (a propósito) pelos caminhos da Poesia. De lado os artigos e as crônicas e outros gêneros, resolvi me aventurar pelos caminhos daqueles que honram a Poesia brilhantemente. Eles são ela em si. Longe deles, não obstante, elogios me têm vindo de muitos, até dos que sentam em Cadeiras de relevância em as nossas Universidades Federais. Destaco o Professor de Filosofia Humberto Silva.

Disse ele:

– Gostei de suas Poesias. Sensíveis. Tocam sentimentos profundos. Alude a imagens de Antero de Quental (Poeta e Filósofo português do Século XIX – Romantismo/Realismo).

E aprecio sua curiosidade filosófica. Para quem é autodidata…

Conheci o ilustre Docente em um grupo de discussão: Nietzsche era o assunto (Assim falou Zaratustra/Ele e seu Martelo).

Mas quem é o Insigne Professor Humberto Silva?

Doutor em Filosofia há 18 anos, livros publicados, participante de grupos de pesquisa, com artigos publicados no Brasil e no exterior, vive dando aulas, conferências, café filosófico… Só isso.

Segue uma das minhas Poesias.

Um dia de inverno – Poesia

– Que frio!
Comum de ser ouvido no tempo ora vivido, marcado, e pelo ciclo da vida repetido
Parece até um dia isolado, triste e solitário, perdido, corpo recolhido
O céu fechado ofusca o brilho das estrelas, e não se vê-las, chuva, um frio de arrepio castigando o corpo da gente, ainda mais do indigente, aumentando seu gemido
Ninguém pelas ruas, desertas, contrastando com os dias quentes e de festas, apenas se ouvindo o assovio do vento, o barulho da chuva que tudo leva, lava, chão varrido
Faz-se o silêncio, não se veem as conversas de esquina, os vai e vens de pernas e seus rumos ignorados, aglomerado suspenso, por vezes do nada surgido
É assim um dia de inverno, a vida contida, não pela correria do dia a dia, ela que segue, desumana e fria, sonho a ser perseguido
Mas é que em um dia assim, por dentro e por fora, a gente fica mesmo com a cara do tempo: frio – desejo esvanecido
Eu me recolho na leitura, aplacando a ignorância revelada em cada página descortinada, grandioso o ganho obtido
Um dia de inverno não é mais que um outro dia, de iguais horas, só aparentemente demorado, engano do sentido
A vida parece ressurgir depois de um dia de inverno: mais vida, corpo que fala, alma que dispara, se tomando mais gosto pelo instante a ser vivido
E segue a vida. A gente segue, e ungido

José Maria

Postado Por: Paulo Fernando